quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sonetando sobre sobras

Mortos metralhados
Sublimes suspiros suspeitos
Desencantos diante da dormência
Perdidos por perspectivas possíveis
Idéias indo
Coisas com comodidade comestíveis
Vendendo verborragias
Analisando ameaças
Sonetando sobre sobras
Te torturo
Foram-se findando felicidades

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Heroína,

De forma salvadora e entorpecente
De uma maneira surpreendente e fugaz,
Talvez um pouco de ilusão
Me colocas no chão da mais pura amargura,
Inseguro, em teu braço me debruço e te injeto.
Caio em meio aos espinhos terríveis da abstinência
Da minha pura existência
Da falta de sentido dela.
Da dor pura e simples, provocada pela própria vontade.
Mas quem estaria pronto para morrer de amor?
Os lados do meu avesso, os cantos dos recantos sofridos.
Me entendes com minhas ilusões mais que fantasiosas.
Queiras moldar minha falsa felicidade em palpitações.
Afasto-me como um fugitivo voraz por refúgio
Quero não correr,mas os percalços são inevitáveis.
Covardia e sadismo emocional.
Assim sou.


[Em meio a pressa de 10 minutos, como o táxi de Ariquemes]

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Arnaldo

Ok, muito tempo sem escrever, talvez falta de assunto mesmo ou só falta de tempo.
Emprestei de um amigo um livro "Pornopolítica" do Arnaldo Jabor, o tão conhecido bam-bam dos comentários dos jornais da Globo (que pena!).
O livro simplesmente define o grau de canalhice da política brasileira e outros assuntos relevantes da antiga e já extinta Era Bush (ou era do terror como prefiram), e fazendo um paralelo com a história, desde das bombas de Hiroshima ao fatídico e trágido alarde em torno do 11 de Setembro.
Ainda não terminei de ler, mas umas das partes mais honestas é quando ele fala do já falecido Papa João Paulo II, me senti emocionado, logo eu, fadado a não ter fé nenhuma, nem no palpável, quanto menos no sobrenatural, como Jabor.


"Fila em banco é uma prova que Deus não existe"

terça-feira, 13 de abril de 2010

Motivo

Era um tempo estranho aquele, confesso
Um tempo de graça e de total alucinação
Pensavam que eram cegos ou de um encantamento sem limite
Os poucos motivos de procura
Os poucos motivos de desistência
Os poucos motivos de abstinência
Os poucos motivos de loucura
Tempos de músicas que faziam sentido
Tempos de descompasso calculado
Tempos de inconstância alada
Tempos de fragéis pensamentos
Tempos de dormência.
Demência?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Hoje

Hoje, nada além de hoje
Além do nada que se impõe, hoje
Impõe tuas raivas, teus lamentos, hoje
Lamenta tua perda, tua queda, hoje
Perca o momento de ainda pouco, hoje
Mais que ainda pouco, Hoje.

Hoje